quinta-feira, 7 de julho de 2011

Liberdade


"Que deslumbre!!!
 Eu posso voar!
Posso avistar daqui de cima as pequenas casas de seres humanos tão grandes.
Monto uma prosopopéia; dou vida às ruas, cores e postes.
Apareço entre o bando de aves que emigram.
Passo por entre as nuvens enormes para emergir ao alto, mudando sua forma.
Como é bom voar!
Visito pessoas distantes de mim, não há espaço intransitável
Sinto uma paz inarrável,
Sensação que me domina e que é a única coisa a qual me agarro para não cair do céu.
Num vôo rasante, assusto, emociono, divirto, zango.
Mas, enfim, o que importa se eu vôo?
Mesmo que esse vôo figure apenas no plano de meu delírio de sonhos, solidão e esperança?"